Dona Ivone Lara

Dona Ivone Lara
(Rio de Janeiro/RJ, 1922 – idem, 2018)

 Aos 6 anos de idade, órfã de pai e mãe, foi internada por parentes no Colégio Orsina da Fonseca, onde permaneceu até os 17 anos de idade e iniciou sua educação musical. Na escola era admirada por seus professores e ganhou destaque no canto orfeônico, uma espécie de coral com as vozes mais afinadas. Aos 12 anos, ganhou um pássaro Tiê-sangue. O nome do pássaro e a expressão “oialá-oxa”, herdada da avó moçambicana, serviram de inspiração para compor seu primeiro, chamado Tiê, Tiê. Em 1947, Dona Ivone foi morar em Madureira e começou a frequentar a extinta escola de samba Prazer da Serrinha, onde aperfeiçoou suas qualidades como sambista. Estudou Enfermagem, formando-se no ano de 1947 e pouco tempo depois trabalhou como assistente social especializada em Terapia Ocupacional. Dona Ivone escreveu seu nome na história do samba ao se tornar a primeira mulher a ingressar na ala de compositores da Império Serrano, e compôs juntamente com Silas de Oliveira e Bacalhau, a obra-prima “Os cinco bailes da corte” ou “Os cinco bailes tradicionais da história do Rio”, que ficou em quarto lugar nos desfiles das escolas de samba. Apresentou-se nos EUA e diferentes países da América do Sul, África, Ásia e Europa. O respeito e admiração do público e colegas lhe rendeu diversos prêmios e homenagens, assim como ter sido tema do enredo da Império Serrano, no ano de 2012.

Fonte: Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira

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